Cuidado de pessoas vivendo com HIV/AIDS na atenção primária à saúde: educação permanente para agentes comunitários.

Os estudos em saúde sobre a abordagem do HIV/AIDS na Atenção Primária ainda são
insuficientes, mas evidenciam que o modelo de organização da atenção tem ampliado o
diagnóstico precoce e a acessibilidade ao tratamento devido a longitudinalidade, territorialidade
e integralidade do cuidado. Objetivos: Apresentar uma proposta de educação permanente para
Agentes Comunitários de Saúde tendo como tema o acolhimento a pessoas que vivem com
HIV/AIDS na Atenção Primária. Identificar o conhecimento dos Agentes Comunitários de
Saúde sobre HIV/AIDS e indicar as contribuições do Enfermeiro na Educação Permanente do
Agente Comunitário de Saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo
Projeto de Intervenção que foi realizado com agentes comunitários de saúde de uma unidade
de atenção primária do município do Rio de Janeiro. Resultados: Participaram do estudo 18
agentes comunitários. As principais lacunas do conhecimento identificadas concentraram-se no
eixo “Assistência em Saúde da PVHIV/AIDS”, que obtiveram maior percentual de erros as
questões relacionadas aos locais de assistência/tratamento do HIV/AIDS e o acompanhamento
do agente comunitário de saúde Outras lacunas identificadas se referem a como é realizado o
diagnóstico do HIV (teste rápido, exames laboratoriais) que gerou muitas dúvidas. A
transmissibilidade do vírus em pessoas em tratamento retroviral também surgiu como uma
lacuna, bem como, a amamentação por pessoas que convivem com o vírus. Conclusão: Através
destes achados é importante reforçar a necessidade de Educação Permanente dos profissionais,
independente do tempo de atuação na ESF, visando atualização frente as mudanças de diretrizes
e protocolos, reforçando o cuidado humanizado, centrado na pessoa, livre de discriminações e
os serviços oferecidos.