No dia 1 de julho, a Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ficou completamente lotada durante o IV Seminário “A Mulher Negra e suas Expressões na Sociedade”.
Com o tema “Gestar, parir e nascer: caminhos percorridos por mulheres negras”, o evento integrou a programação do mês em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho.
Promovido pelo projeto de extensão Quilombo do Cuidar, da UERJ, em parceria com o GT de Equidade no SUS, na favela, na periferia, na diversidade e no gueto, do Programa de Residência em Enfermagem de Família e Comunidade (PREFC), o seminário reuniu cerca de 400 pessoas, entre residentes, profissionais da saúde, educadoras e lideranças comunitárias em uma grande roda de saberes potente e afetiva.
Mais do que valorizar as múltiplas expressões das mulheres negras na saúde, na cultura, na educação e na ciência, o evento propôs uma reflexão crítica sobre os efeitos do racismo estrutural na vida e na saúde dessas mulheres. As pressões sociais impostas ao corpo negro feminino, as violências obstétricas e institucionais e as desigualdades no acesso ao cuidado foram algumas das temáticas debatidas ao longo do encontro.
Com falas que entrelaçaram experiências pessoais e coletivas, ancestralidade, resistência e produção de conhecimento, o seminário reafirmou a importância de espaços que escutem e visibilizem as vozes das mulheres negras em sua diversidade.