Ontem (29/07), a coordenação do Programa de Residência em Enfermagem de Família e Comunidade (PREFC) juntamente com a representante da Superintendência de Atenção Primária (SAP) da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro teve o privilégio de realizar uma visita técnica ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O objetivo dessa visita foi conhecer de perto o serviço de gestão de alta hospitalar, que tem se destacado como uma referência em cuidados integrados, e na coordenação e longitudinalidade do cuidado dos pacientes.
O sistema de gestão de altas, conta com objetivos criteriosos, e desempenha um papel fundamental na coordenação do cuidado e na garantia da longitudinalidade dos serviços de saúde. A identificação precoce de situações críticas e a contrarreferência ágil contribuem para evitar readmissões desnecessárias e garantir uma transição segura do hospital para a Atenção Primária à Saúde (APS).
O serviço de gestão de alta hospitalar é fundamentado em pilares sólidos que garantem uma abordagem holística e eficiente aos pacientes. A identificação precoce de casos potenciais para alta hospitalar é um dos elementos-chave desse sistema. A equipe, liderada por enfermeiras especializadas, consegue antecipar demandas pós alta e planejar cuidados que assegurem a continuidade do tratamento e desospitalização de forma oportuna e segura.
Nesse contexto, as enfermeiras de Ligação desempenham um papel de destaque, exercendo diversas competências essenciais para o bom funcionamento do sistema. No qual o conhecimento clínico é a base para uma atuação segura e embasada, permitindo uma compreensão abrangente das necessidades dos pacientes. Além disso, a compreensão das políticas públicas de saúde é essencial para alinhar as ações do serviço com as diretrizes governamentais.
Outra competência crucial é a capacidade de identificação precoce de demandas pós alta, o que evita possíveis complicações e promove a recuperação adequada dos pacientes. Essa habilidade é potencializada pelo planejamento cuidadoso do tratamento, a articulação teórico-prática, a tomada de decisão rápida e precisa e a liderança exercida pelas enfermeiras de Ligação.
A celeridade nos processos é uma marca registrada do sistema de gestão de altas, e isso só é possível graças ao trabalho em equipe e à comunicação assertiva entre os profissionais envolvidos. A autonomia das enfermeiras também é valorizada, pois permite o diálogo com os diversos setores no hospital, de modo que o trabalho da equipe seja adequado às necessidades individuais dos pacientes no período pré-alta.
Durante a visita, tivemos a oportunidade de conhecer não apenas o serviço de alta hospitalar, mas também a Unidade referenciada, onde são avaliadas as ações potenciais para alta precoce e cuidados pós-internação ficando evidente o protagonismo da enfermagem nesse cenário.
A equipe PREFC saiu inspirada e com uma nova perspectiva sobre a importância da gestão de alta hospitalar e o papel fundamental da enfermagem nesse contexto. O comprometimento e a dedicação das enfermeiras de Ligação são cruciais para o sucesso desse sistema, que busca constantemente aprimorar o cuidado e proporcionar uma atenção integral e humanizada aos pacientes. Parabenizamos a professora e pesquisadora Elizabeth e toda a equipe do Hospital de Clínicas da UFPR pelo trabalho exemplar que estão desenvolvendo, servindo como um modelo a ser seguido por outras instituições de saúde.