CARNEIRO, Thamires Soares. Sífilis congênita e sua relação com a sífilis gestacional: uma
análise do município do Rio de Janeiro, no período de 2019 a 2023. 2025. Tese em Enfermagem
de Família e Comunidade – Programa de Residência em Enfermagem de Família e
Comunidade, Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
O estudo investiga a relação entre sífilis gestacional e congênita no município do Rio de Janeiro
entre 2019 e 2023, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado
para prevenir a sífilis congênita, um agravo evitável. A pesquisa, de natureza exploratória e
abordagem quantitativa, utiliza dados públicos disponibilizados pela Secretaria Municipal de
Saúde (SMS/RJ). Os resultados indicam que, ao longo dos últimos cinco anos, os casos de sífilis
gestacional e congênita permanecem elevados na região, evidenciando fragilidades no
enfrentamento do problema. Apesar de a maior parte das gestantes apresentar algum tipo de
tratamento prescrito conforme as fichas de notificação, a análise dos casos de sífilis congênita
revela que mais da metade das gestantes, embora tenha realizado pré-natal, recebeu esquemas
de tratamento inadequados ou sequer foi tratada. Essa discrepância aponta que a mera
prescrição do tratamento não garante sua efetividade, comprometendo os esforços para prevenir
a transmissão vertical da doença. Com base nesses achados, o estudo sugere melhorias no
sistema de notificação, incluindo formas mais detalhadas de avaliação do tratamento e do
acompanhamento das gestantes ao longo da gestação. Essas mudanças visam aprimorar o
monitoramento e a efetividade das intervenções, contribuindo para a redução dos índices de
sífilis congênita no município do Rio de Janeiro, reforçando a necessidade de ações estratégicas
para combater um agravo evitável e proteger a saúde materno-infantil.
Palavras-chave: sífilis congênita; cuidado pré-natal; gravidez; atenção
primária à saúde.