Introdução: A Violência obstétrica é um problema de saúde pública, diante disto, é
necessário discutir sobre esta temática durante o parto, bem como a importância de se
analisar os mecanismos de prevenção para minimizar esse tipo de agravo desde o
pré-natal, pautados pelos princípios e diretrizes do SUS, e também, de ter sororidade
para as mulheres vítima de tais violações nas consultas puerperais. Objetivo:
Identificar o conhecimento das gestantes sobre violência obstétrica na população do
Complexo do Alemão. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório com
abordagem qualitativa com orientação metodológica baseada em Minayo. O cenário da
pesquisa foi o Complexo da Alemão, onde foram entrevistadas 26 gestantes com uma
entrevista semiestruturada entre os meses de setembro e outubro de 2024. Os critérios
de inclusão foram gestantes maiores de 18 anos, já que vivenciaram a experiência do
parto e estavam sendo acompanhadas no pré-natal na sua clínica da família de
referência. Para a análise dos dados, utilizamos a análise de conteúdo proposto por
Bardin. O presente estudo obteve aprovação no CEP, sob o número CAAE:
81240224.6.0000.5279. Resultados: Foram encontradas duas categorias de análise:
Categoria 1: A percepção das gestantes que sofreram violência obstétrica sobre o seu
parto.; Categoria 2: A percepção das gestantes sobre o acompanhamento pré-natal
com ênfase nas orientações de Enfermagem. Conclusão: A VO só terá a visibilidade
necessária quando as gestantes tiverem acesso à informação e os profissionais de
saúde são a base disse, especificamente os da APS, eles devem ser capacitados e
atualizados com foco nas novas diretrizes de humanização e assistência ao pré-natal e
parto, conseguindo assim oferecer uma assistência de qualidade e prevenir violação
de direitos.
Palavras chave: Violência Obstétrica; Gestantes; Enfermeiros de Saúde da Família;
Atenção Primária à Saúde.